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quarta-feira, 13 de maio de 2020

FRATERNIDADE NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO - MChFM


Mãe da Igreja.



Diz-se que o evangelista Lucas colheu dos lábios de Nossa Senhora muitas informações sobre a infância, adolescência e juventude de Jesus. As tradições da Igreja Oriental mostram em suas devoções a presença constante de Maria. A história da Igreja Universal atesta a influência da figura de Maria foi acolhida e reverenciada sempre como Mãe da Igreja.

Começou na hora dolorosa da Cruz. Cristo crucificado diz à sua mãe: Mãe, (indicando com os olhos João) eis aí teu filho. E, para João, mostrando Maria: Filho, eis aí tua mãe (Jo 19,26-27). Sempre se entendeu que João representava todos nós, a Igreja.

Maria é a Mãe da Igreja de Cristo. Mãe carinhosa, protetora, amiga. Em épocas difíceis para toda a Igreja, fatos extraordinários demonstram como Maria exerceu muito bem essa maternidade.

Na vida de muitos santos, no seu trabalho junto às pessoas, principalmente àquelas afastadas da fé ou enfraquecidas por seu egoísmo, a invocação do nome de Maria encaminhou-as para uma renovação de suas vidas.



Mãe da Graça Divina



Parece outra contradição...Tomemos, porem, por graça, a maneira de Deus nos mostrar seu amor. É como um presente de Deus, um elogio, um apoio, uma ideia boa, a solução busca. E, considerando Deus como o melhor dos pais e o amigo mais compreensivo, ele empregará todos os meios para que sintamos de perto sua dedicação.

Uma vez que Maria cumpriu tão bem seu papel de Mãe do Filho de Deus, para todos ela é mensageira desse interesse e carinho de Deus para nós. Ninguém melhor que Maria saberá unir Deus anos e nós a Deus.

Certa mãe de família preocupava-se com um filho adolescente rebelde e pouco ligado aos pais. Tentou vários meios. Rezou muito a Nossa Senhora. Nada conseguia. A namorada dele, inteligentemente e simpática, deu de presente para ele uma pequena imagem de Nossa Senhora das Graças, com um bilhete: “Esta é minha amiga de sempre”. Bastou isso para tocar o coração do rapaz e melhorou sua vida.

Ser mãe da Graça Divina é uma alegria para Maria. Com seu jeito meigo e carinhoso conquistará qualquer pessoa para aproximá-la de Deus.

Os homens continuam recebendo Cristo por Maria.




Mãe Puríssima



Quero pensar aqui em pureza no sentido de coração liberto de malicia, de maldade. Pensamento que vê e conhece sem julgar pelas aparências, sem pôr intenções suposta que não são comprovadas.

Quando o anjo Gabriel saudou Maria, dando-lhe o nome de Cheia de Graça (Lc 1,28), ele mostrava os pensamentos e sentimentos de Maria todos envoltos na amizade com Deus. Tudo nela refletia o Deus está contigo (Lc 1,28).

Visitando um destróier moderníssimo, mostram-me no convés saídas minúsculas por onde, em ocasião de defesa contra guerra química, seria uma “neblina” que envolveria todo o destroier, protegendo-o do ataque químico ou bacteriológico.

Maria estava constantemente como que envolvida pela neblina do amor de Deus. Sua pureza de coração era a simplicidade que manifestava. Devia ser agradável conviver com Maria, Calma, tranquila, segura – uma amizade solícita, facilitando a aproximação por seu espirito que nada exige em troca.

Tendo seu coração satisfeito com a certeza de que Deus gostava dela, sabia servir alegre a todos para repartir sua felicidade. Cristal puro refletindo luz e calor do sol do amor divino.



Mãe Imaculada



Deus coloca na vida dos homens uma grande necessidade de sua presença. Herdamos, porém, dificuldades para nos aproximar de Deus. Nascemos como que fora da Casa do Pai. A entrada, a volta para esse lar de Deus, hoje, consegue-se por meio de Cristo, através do batismo em sua Igreja. Como o gesto do afastamento dos primeiros pais foi iniciativa deles, assim nós precisamos ser reintegrados na Casa e Família de Deus pelo nosso gesto sincero da busca de Deus e da aceitação de pertencer totalmente à sua família.

Nesta terra, Maria pertencia inteiramente a Deus. Foi a primeira redimida por seu Filho. Em vista do grande amor que ela iria dar a Jesus, Deus Pai a fez desde o começo toda aberta à luz do amor divino.

Conversando com um engenheiro, falou-me sobre Deus amou tanto os homens que lhes enviou seu próprio Filho (1Jo 4,9). Suas palavras simples sobre a bondade de Deus, faziam-me sentir Deus bem perto. Nem parecíamos estar na terra: a paz, a alegria tomavam conta de nós. Ficamos horas assim.

Devia ser essa a impressão de quem conversava com Maria, a Imaculada, toda imersa no Amor.



Mãe Amável



Justino, alegre e vivo, saiba conviver com seus colegas. Seu humor desfazia qualquer mal-entendido. Tinha uma maneira de cativar pela simpatia natural. Um dia conheci sua mãe, viúva. Era aquela suave amabilidade. Qualquer problema, às vezes diante de sua calma e tranquilidade quando dizia: “Vem cá, vamos buscar juntos uma saída”, encontra rápida solução.

Ser amável não é mascara-sorridente escondendo o verdadeiro sentimento. Ser amável é estado de espirito de quem ama de verdade a tal ponto que sempre está bem-disposto. É a capacidade e facilidade de querer sempre o bem dos outros.

Quando o anjo chamou Maria de “cheia de graça”, quis significar sua amabilidade, sua graça atraente, mas não somente isso. Quis também significar como Deus, que é Amor, participava profundamente de sua vida.

Maria, Mãe Amável, foi-nos entregue pela devoção tradicional de nossa religião. E vem dos primeiros tempos.

As devoções marianas populares exercem um atrativo muito grande para as crianças, porque a figura de Maria é apresentada cativando-as com sua amável simpatia. Aprendamos a lição delas.



Mãe Admirável



Ela acordava às 3,30h, preparava a refeição dos filhos. Saía no trem da 4,30h para o Rio. Todos conheciam seu sacrifício e responsabilidade mãe viúva e operaria. Era estimada por todos.

Admiramos Maria e a louvamos. Encanta-nos sua influência materna na história dos cristãos. A Ave-Maria tão simples multiplica-se nos lábios de sábios e ignorantes, de pobres e ricos, de gente com saúde ou sofredora. É o elogio-súplica tão fácil que cada um pode dirigir à Mãe do Cristo.

Admiramos Maria, tão jovem, ser exemplo vivo de amor a Cristo. Sua segurança no meio de situações difíceis merece elogios. Sua fé valorizou-se mais ainda no final da vida de Jesus. São João diz uma frase que resume tudo: Ela estava de pé junto à cruz. Temos orgulho de ter Maria como Mãe: sofredora, mas fiel. Já havia aceitado tudo antes, com seu faça-se... Agora confirma sua decisão.

Quantas mães de amigos conhecemos, sentido de perto seu carinho e amor, sua dedicação. Dizemos: “Que mãe maravilhosa você tem”!

Admiramos Maria e com isso abrimos caminho para o encontro com Cristo, de quem ela recebe todo o encanto que nos seduz.




Mãe do Bom Conselho



O conselho é uma forma amiga e fraterna de interessar-nos pelos outros. É um dom do Espirito Santo. O conselho pode ser fruto de experiência pessoal, de estudo, da maneira de ser da pessoa sempre voltada para o bem dos outros.

É muito próprio das mães. Guardando até hoje as tardes de infância quando, após o banho, sentávamos na cama para ouvir histórias e conselhos de nossa mãe. Isso, anos a fio, foi formando nossa personalidade.

O amor a Nossa Senhora nos reúne em orações pessoais, familiares, comunitárias (novenas, ladainhas) para pedir-lhe proteção, apresentar nossas súplicas e lembra-nos de sua vida muito ligada a Deus e atenciosa para com todos.

Conheci casos difíceis, situações confusas em que as pessoas, recorrendo à Mãe de Deus, encontraram soluções ou saídas melhores.

Parece que há no plano de Deus uma participação frequente do carinho da Mãe do Bom Conselho para iluminar as pessoas que nela confiam.

O Espirito Santo iniciou de forma milagrosa a transformação de Maria em Mãe de Deus, e a encaminhou para continuar agindo assim juntos a nós.



Virgem Prudentíssima



Prudência pode parecer medo, covardia, omissão. Ou: pensar antes de agir, usar da liberdade para escolher o melhor, tentar contornar problemas, saber esperar ocasião melhor, luz mais clara.

O anjo disse à Maria: Vais ser a Mãe de Deus (Lc 1,31). Ela não respondeu: “Obrigado, não sou digna”. Pensando na oferta de sua vida a Deus, perguntou somente: Como vai ser isso? ...  Nada disse a José nem à Isabel, sua prima. Não pergunta sobre a educação de Jesus. Não reclama de dar à luz numa estrebaria. Mostra-se mulher prudente, que pensa no que faz.

D. Joana, inexperiente da empresa do marido, viu este falecer. Assumiu o trabalho com segurança, até equilibrar tudo. Tempos depois casou suas duas filhas muito bem. A prudência a guiou.

Maria leva além os “conselhos”. Pelo exemplo de sua fé e pela confiança que nela depositamos, sentimo-nos guiados em todas as ocasiões.

Precisamos da prudência: acumulam-se decisões e nem sempre sabemos escolher. Ou não temos paciência para esperar amadurecer o que tentamos solucionar com tanta pressa. Prudência pede tempo.

Virgem muito Prudente, assiste-nos!   




Sede da Sabedoria.



 A afirmação de Deus: Meu prazer é estar os filhos dos homens (Pr. 8,31) realiza-se de maneira completa em Maia. Ela é a maneira como Deus indica-nos o caminho da vida e o melhor modo de vive-la. A Maria foi entregue Jesus, a sabedoria do Pai.

Alberto, muito jovem, por força de circunstâncias, foi-se entrosando na administração da empresa de seu pai. Todos sentiam algo diferentes na sua rica personalidade. Mostrou cedo discernimento diante dos problemas e achava sempre soluções rápidas e justas, aguardando a todos.

Firmar-nos na sabedoria dos outros é garantia de escolhas mais felizes.

Com dificuldades na construção de uma capela em terreno problemático, eu andava com dúvidas. Conversando com um engenheiro amigo, esclareci-me, decidindo pela solução proposta: pareceu a melhor.

A sabedoria como dom do Espirito descobre logo o que convém, facilitar a execução r dá satisfação ao conseguirmos o que desejávamos.

Descubramos com Maria como conduzir nossa vida em sabedoria, como o fez com Cristo (Lc 2,52).
Postado: Irineu Maciel de Medeiros.

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