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domingo, 27 de junho de 2010

29 DE JUNHO, TERÇA-FEIRA




UM PESCADOR, CASADO, DA GALILÉIA
O nome dele era Simão. Segundo a tradição bíblica, depois atestada por historiadores, ele nasceu em 1 a.C, em Betsaida, na Galiléia, e morreu em 67 d.C, em Roma. Seu túmulo, e isso também já foi atestado por arqueólogos, está sob a basílica de São Pedro, no Vaticano. Sua profissão era pescador e, segundo o evangelho de São Mateus, era casado e responsável pelo sustento da sogra viúva, que aliás recebeu uma graça de Jesus, sendo curada de uma enfermidade. Foi Jesus, quando o conheceu durante uma pregação em Cafarnaum, que trocou seu nome para Pedro. E foi Pedro, cujo significado do nome é pedra, quem fundou o cristianismo, que evoluiu para o catolicismo que conhecemos hoje, daí ser considerado o primeiro papa da igreja.


O mar da Galileia, que na verdade era um grande lago, testemunhou alguns dos milagres de Jesus, tomando por base os textos bíblicos. Caminhar sobre as águas é um dos mais famosos. Quando conheceu o pescador Simão, Jesus também teria feito um desses prodígios. As redes dos pescadores voltavam vazias após dias e dias de trabalho, mas quando Jesus indicou um certo local onde as redes deveriam ser jogadas, voltaram tão cheias de peixes que quase arrebentam. Esses milagres teriam convencido Simão e seu irmão André, além dos sócios dos dois, Tiago e João, a seguirem Jesus. Para isso, ele deixou para trás a família e o antigo nome, passando a viver a partir daí como o apóstolo Pedro. Tornou-se, segundo os evangelhos, um pescador de almas.

DE TRAIDOR A MÁRTIR
Pela tradição bíblica, Pedro teria negado Cristo três vezes, quando Jesus foi preso e conduzido à crucificação. A atitude do apóstolo inclusive, foi prevista pelo próprio Jesus na última ceia. Perseguidos após a morte de Jesus, os apóstolos teriam se espalhado por vários locais, para continuar pregando “a boa nova”. Pedro viajou para Antioquia, Jerusalém e finalmente chegou a Roma. Os evangelhos e outros textos bíblicos reconhecidos pela igreja, o colocam sempre em posição de destaque entre os apóstolos e também no papel de articulador e organizador da igreja nas suas origens.
Na tradição popular, São Pedro é o guardião das chaves das portas do paraíso e para entrar no céu, é preciso passar por ele
No entanto, historiadores como Heinrich Dressel, em 1872, afirmam que Pedro nunca esteve em Roma e teria morrido em Alexandria, no Egito. Essa teoria porém, foi refutada quando o túmulo de Pedro foi localizado em Roma, em 1950. Já os evangelhos apócrifos, aqueles que não são reconhecidos pela igreja, tem uma visão menos glamorosa de Pedro e o colocam como um dos apóstolos de menos fé e ciumento pela predileção de Jesus por outros discípulos. Na ficção, a escritora norte-americana Margaret George, autora do romance Maria Madalena – A Mulher que amou Jesus, bebe na fonte dos evangelhos apócrifos para descrever um Pedro que em nada lembra o mártir católico.
Pela tradição evangélica, Pedro teria sido preso em Roma, por volta de 67 d.C, quando o cristianismo ainda era uma religião perseguida pelo império romano, e condenado à crucificação. O apóstolo então teria dito que não era digno de morrer como seu mestre Jesus Cristo e por isso, pediu para ser crucificado de cabeça para baixo.

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