RAINHA DO SANTO ROSÁRIO
Em Fátima, às crianças
que rezavam o terço comendo palavras para acabar depressa, Maria ensinou-lhe a
rezar. E rezou com elas.
Maria rezava. Gostava
de orar. Encontrava na oração um alimento espiritual, manifestando todo o seu
amor a Deus. Se é certo que quando gostamos muito de uma pessoa não vemos a
hora de estar com ela, Maria sentia uma atração irresistível para Deus, ansiava
por estar com ele.
A oração é o melhor
momento em que sentimos Deus bem perto, falamos diretamente como filhos.
A oração é um clima
espiritual para que, nos outros momentos de nosso dia, Deus esteja presente
vivo, participando de nossas lutas.
Nossa atenção é
limitada. Se pudéssemos dar todo o nosso tempo e atenção à presença de Deus, já
viveríamos o céu na terra. Como nossa vida aqui exige outras ocupações, mesmo
que tenhamos intenções muito unidas a Deus, é diferente.
O trabalho pode ser uma
forma de amar. Como preparar a comida, pode ser uma maneira de mãe amar seus
filhos e marido. Mas não é igual aos momentos de maior intimidade que se
reservam para a conversa, o carinho, o amor.
CONCEBIDA CHEIA DE
GRAÇA
Com carinho e encenação
especial, a Bíblia escolhe palavras para mostrar o amor sem medidas que o
Todo-poderoso demonstrou ao criar o homem.
Deus Pai gera seres
semelhantes a ele pelo amor. Dá-lhes presentes e possibilidades para encontrarem
mais rápido a felicidade... Aqueles que se querem bem gostam de viver, juntos,
de estar perto um do outro. O que se chama de “justiça original” é esta alegria
da presença amorosa permanente de Deus corresponde completamente pelo homem.
Foi esse o “paraíso” de “Adão e Eva”.
Segundo Paulo,
carregamos em vasos frágeis um tesouro precioso e delicado (2Cor 4,7). Sem
cuidado, o primeiro homem perdeu esse tesouro da convivência amorosa e quase
natural com Deus. O homem deixa heranças, bens para seus filhos. Deixa também
dividas e dificuldades. O pecado original é isso.
Em Maria, Deus repete o
primeiro gesto: ela foi trazida à terra pelo sopro de Deus, pelas mãos de Deus,
para deixar-nos também uma herança: o próprio Filho de Deus. Por ele podemos de
novo participar intimamente da presença de Deus, da intimidade com ele. Cristo,
novo Adão. Maria, nova Eva.
Postado: Irineu Maciel de Medeiros.
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