Virgem Prudentíssima
Prudência pode parecer
medo, covardia, omissão. Ou: pensar antes de agir, usar da liberdade para
escolher o melhor, tentar contornar problemas, saber esperar ocasião melhor,
luz mais clara.
O anjo disse à Maria: Vais
ser a Mãe de Deus (Lc 1,31). Ela não respondeu: “Obrigado, não sou
digna”. Pensando na oferta de sua vida a Deus, perguntou somente: Como
vai ser isso? ... Nada disse a
José nem à Isabel, sua prima. Não pergunta sobre a educação de Jesus. Não
reclama de dar à luz numa estrebaria. Mostra-se mulher prudente, que pensa no
que faz.
D. Joana, inexperiente
da empresa do marido, viu este falecer. Assumiu o trabalho com segurança, até
equilibrar tudo. Tempos depois casou suas duas filhas muito bem. A prudência a
guiou.
Maria leva além os
“conselhos”. Pelo exemplo de sua fé e pela confiança que nela depositamos,
sentimo-nos guiados em todas as ocasiões.
Precisamos da
prudência: acumulam-se decisões e nem sempre sabemos escolher. Ou não temos
paciência para esperar amadurecer o que tentamos solucionar com tanta pressa.
Prudência pede tempo.
Virgem muito Prudente,
assiste-nos!
Espelho de Justiça
No dicionário da vida
de certas pessoas foi riscada a palavra Justiça. Outros a confundem com
política. Foi palavra muito respeitada pelos profetas e padres dos primeiros
séculos da Igreja, principalmente no sentido social.
Justiça não é só dar a
cada um o que é seu. É muito mais: ir ao encontro dos outros respeitando o que
são, o que sentem, dizem, fazem, sofrem. É vivê-la com a “caridade-amor”, que é
a qualidade que dá sentido a tudo.
Maria soube superar o
sofrimento da dúvida de José, o edito do imperador, indo gravida a Belém, a
fuga para o Egito pagão. Aceitando o julgamento dos chefes religiosos que
condenaram seu Filho à morte...
A Justiça clama pela
igualdade dos seres humanos, pelo respeito aos direitos de todos, e pela
iniciativa de ativar esses mesmos direitos.
Há injustiçados que
vencem sua revolta recorrendo à proteção de Nossa Senhora sobre si e sua
família, buscando seus direitos sem violência.
Nossa Igreja nos ensina
que o Reino de Crista é um reino onde se cultiva a verdade e o amor, que
alimentam a, justiça, a qual gera a paz.
Postado: Irineu Maciel de Medeiros.
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