Brasília, DF, 15 de outubro de 2014.
Assunto: Abertura do Bicentenário do Instituto Marista.
Queridos Irmãos, Leigas e Leigos, Gestores, Pastoralistas
e Jovens Maristas de Champagnat,
Celebraremos os 200 anos de história do Instituto Marista
em janeiro de 2017. Você está convidado a participar e a vivenciar as
comemorações. Elas se darão em três momentos diferentes, articulados, como foi
definido pelo Superior Geral, Ir. Emili Turú, e os Irmãos do Conselho: Ano Montagne
- outubro de 2014 a julho de 2015; Ano Fourvière - julho de 2015 a julho de
2016; e Ano La Valla - agosto de 2016 a agosto de 2017. O Grupo de Trabalho do
Bicentenário, coordenado pela União Marista do Brasil (UMBRASIL), juntamente
com as Províncias do Brasil, convida a todos os Maristas para iniciarmos essa
caminhada.
Para isso, no dia 28 de outubro, às 14h, será realizada
na Província Marista Brasil Centro-
Norte-PMBCN, a videoconferência de abertura oficial das
comemorações dos 200 anos, quando também celebraremos o aniversário do encontro
do Padre Champagnat com o jovem João Batista Montagne. Coordenado pelo superior
Provincial Ir. Wellington Medeiros, o momento é a oportunidade de unidos, em
torno de Maria e Champagnat, vislumbrarmos o novo começo.
Nesse sentido, seguem sugestões para a organização do Ano
Montagne nas Comunidades
Religiosas, Unidades Educacionais e Sociais, Centros de
Juventude e nos diversos espaços de missão Marista, de acordo com cada
realidade. Para isso, o Instituto convida-nos a:
·
Favorecer
um momento oficial de abertura das Comemorações do Bicentenário,
no dia 28 de outubro, em sinergia com o Instituto e o
Brasil Marista;
·
Ambientar o espaço com elementos significativos
que remetam aos 200 anos de
história do Instituto Marista;
·
Garantir uma fala motivadora do gestor, Irmão, leiga
ou leiga responsável pela Unidade;
·
Apresentar o vídeo no qual os superiores do
Distrito Marista da Amazônia, das Provinciais do Brasil Marista e da UMBRASIL
relatam a importância da celebração;
·
Realizar
atividades culturais, artísticas e religiosas como teatro, dança, música,
poesia, exposições, celebração e oração, etc.
·
Apresentar o vídeo do Superior Geral do
Instituto Marista, Ir. Emili Turú, (http://youtu.be/dwJ6zC-x4zY), e motivar
para que o material seja apresentado a todos nas Unidades.
·
A reflexão do Bicentenário do Instituto Marista
deve ser pauta dos principais projetos pastorais com as crianças, adolescentes,
jovens e adultos com participação na Pastoral Juvenil Marista - PJM; Infância
Missionária; Mariama; Núcleos de Animação Vocacional – NAVs; Missas, etc.
·
É importante que todas as Unidades façam os
registros dos momentos e ações para envio ao GT provincial e que postem as
matérias nos sites das Unidades.
Na oportunidade, comunicamos que será criado um
itinerário a ser vivenciado na Província no decorrer dos anos de celebração
rumo aos 200 anos do Instituto Marista. Em breve, o GT Bicentenário comunicará
o caminho a ser trilhado.
Agradecemos o carinho, dedicação e colaboração de cada
Marista de Champagnat, para que a vitalidade e a perenidade do Instituto
aconteçam nas diversas realidades. Pedimos as bênçãos da nossa Boa Mãe e de
nosso Pai Fundador São Marcelino Champagnat. Unimo-nos, em sintonia com as
demais regiões do Instituto e Províncias do Brasil, na certeza de que vamos
juntos com as crianças, os adolescentes e os jovens, como “Maristas num novo
começo”.
Atenciosamente,
Ir.
Wellington Mousinho de Medeiros
Superior
Provincial
Província
Marista Brasil Centro-Norte - PMBCN
VIDEO BICENTENÁRIO Bicentenário
do Instituto Marista
Mensagem do Ir. Emili Turú, SG
Era 2 de janeiro de 1817.
Marcelino Champagnat entrava na casa de La Valla com dois jovens. Seu sonho era
que eles, e no futuro muitos mais, levassem o Evangelho às crianças e aos
jovens mais necessitados. Esta é a data que consideramos a da Fundação do
Instituto Marista.
No próximo dia 2 de janeiro de
2017 celebraremos DOIS SÉCULOS de Fundacao do Instituto Marista. Será um
momento maravilhoso para recordar, com o coração agradecido, todo o bem que o
Espírito Santo realizou na Igreja e no mundo por meio da atuação do Instituto
Marista. Ao longo desses 200 anos, muitas gerações de crianças e jovens foram
beneficiadas pela educação marista e atividades socioeducativas nos cinco
continentes.
Essa celebração nos oferecerá
também a possibilidade de pedir perdão por nossas infidelidades. E também pelas
vezes que não servimos de maneira adequada às crianças e jovens que nos foram
confiados.
Porém, sobretudo, deve ser um
momento de projeção para o terceiro centenário marista.
Uma oportunidade maravilhosa
para UM NOVO COMEÇO.
Maristas 2017
UM NOVO COMEÇO
Sim. Estamos convidados para
um novo começo.
Como aquele que aconteceu
quando o Pe. Champagnat se mudou da casa de La Valla para este vale para
iniciar a audaciosa aventura de construir esta casa. Queria dar uma resposta
melhor às necessidades do momento. Fazia poucos anos que tudo começara e já surgia
a necessidade de enfrentar um novo começo.
Nesta habitação do Pe.
Champagnat em L’Hermitage, voltemos nosso olhar para trás. E nos daremos conta
de que essa necessidade de começar de novo foi sempre uma constante no
Instituto Marista. Novas circunstâncias históricas, sociais ou mesmo internas
nos obrigaram a ser criativos e nos questionar sobre como devemos responder às
novas necessidades.
Tem havido muitos novos
começos até agora, e no início do século XXI somos convidados a viver mais um.
Hoje esta casa se apresenta
como símbolo eloquente desta necessária adaptação a novos tempos e novas
necessidades.
Temos tratado de conservar
fielmente as recordações essenciais do Pe. Champagnat e dos primeiros irmãos.
No entanto, foi preciso
destruir o que já não servia, adaptar alguns espaços que se mostravam
inadequados e também construir algumas partes completamente novas conforme as
exigências do tempo atual.
Nessa caminhada rumo a 2017, o
mesmo Pe. Champagnat nos convida a um novo começo. E isso exige o compromisso e
a colaboração de todos.
Pedagogicamente, vamos
recorrer esse caminho guiados por três ícones maristas.
Três ícones que nos recordam
aspectos essenciais de nossa vida e missão.
Três dimensões que
provavelmente marcarão a vida marista em nosso futuro próximo:
1. em primeiro lugar, um
enfoque mais claro e decidido de nossa missão junto às crianças e jovens mais
marginalizados;
2. em segundo lugar, a
resposta do Instituto diante da evidente emergência do laicato marista;
3. e, finalmente, uma atenção
especial à dimensão mística de nossas vidas.
De outro lado, ao longo desses
três anos, somos convidados a participar plenamente do processo de revisão de
nossas Constituições. Isso nos pediu o último Capítulo geral como meio para nos
ajudar a revitalizar nossa vocação.
Para nos inspirar nesse
delicado trabalho, olhemos o Ir. Francisco, que repousa nessa igreja de
L’Hermitage e que viveu desde os 10 anos ao lado de Marcelino, a quem amava
profundamente, como demonstram seus escritos e, evidentemente, sua vida.
No dia 6 de junho de 1840
morria nosso fundador. Foi o Ir. Francisco, como primeiro Superior geral, quem
comunicou ao Instituto a triste notícia. Disse: “Cabe a nós agora acolher e
seguir com atenção suas últimas e tão contundentes lições; fazê-las reviver em
cada um de nós, imitando as virtudes que admiramos nele e, mais do que nunca,
ficar mais próximos de nossa boa e terna Mãe”.
Sim, como dizia Ir. Francisco,
cabe a nós agora, a cada um de nós, oferecer nossa melhor contribuição para o
futuro do Instituto. Uma boa maneira será participando plenamente da revisão
das Constituições, aplicação do Evangelho a nossas vidas.
Ano Montagne
Outubro 2014 – Julho 2015
Estamos em Les Palais, a uns 6
ou 7 quilômetros de La Valla. Por esse mesmo lugar, talvez em um dia chuvoso e
com neblina como esse, o Pe. Champagnat passou para atender o jovem moribundo
da família Montagne.
Esse encontro com o jovem
Montagne foi um acontecimento que marcou profundamente a vida do Pe. Champagnat
e certamente fez nascer o Instituto Marista.
No dia 28 de outubro de 2014,
aniversário do encontro do Pe. Champagnat com o jovem Montagne, daremos início
ao ano MONTAGNE. Coincidirá com a celebração do ano da vida consagrada em toda
a Igreja.
Esse primeiro ícone nos
acompanhará até julho de 2015. Será uma recordação da importância e da urgência
de nossa missão, tão atual hoje como nos tempos do Pe. Champagnat.
Inspirados por nosso Fundador,
que se dirigiu de La Valla até esse lugar caminhando durante várias horas,
também nós nos sentimos chamados a caminhar em direção aos jovens Montagne de
hoje, ali onde se encontram.
Em nossos ouvidos ressoa o
insistente apelo do Papa Francisco para deixar a própria comodidade e
atrever-se a chegar a todas as periferias que necessitam da luz do Evangelho
(EG).
Em sua Exortação Apostólica
Evangelii Gaudium (49) ele nos diz:
Prefiro uma Igreja acidentada,
ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo
fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma
Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de
obsessões e procedimentos. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e
preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a
força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de
fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de
falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos
dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis,
nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão
faminta e Jesus repete-nos sem cessar: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Mc 6,
37).
O que ardia no coração de
Champagnat no caminho de volta a La Valla depois de ter encontrado o jovem
Montagne? O que vibrava em seu interior e o levou a fundar o Instituto poucos
meses depois? Perguntemo-nos: Não seria o mesmo caminho que agora estamos
chamados a refazer, deixando-nos interpelar profundamente pela situação dos jovens
Montagne de hoje?
Ano Fourvière
Julho 2015 – Julho 2016
No dia 23 de julho de 1816,
dia seguinte ao da ordenação, um grupo de jovens sacerdotes, cheios de sonho,
dirigiram-se ao Santuário de Fourvière, em Lyon.
Aos pés de Nossa Senhora, na
pequena capela que se vê ao fundo, fazem sua promessa de fundar a Sociedade de
Maria.
Em 2016 celebraremos os 200
anos dessa promessa. Por isso, o período de julho de 2015 a julho 2016 será
presidido pelo ícone de Fourvière.
Desde o início, os primeiros
maristas imaginaram a Sociedade de Maria como uma grande árvore com diferentes
ramos: religiosos sacerdotes, religiosos irmãos, religiosas e leigos.
O projeto não obteve o
reconhecimento eclesial naquela época. Talvez a conjuntura histórica não fosse
adequada.
Atualmente, as circunstâncias
são bem diferentes. Reconhecemos com gratidão que o Espírito Santo fez
florescer entre nós a vocação laical marista. Milhares de leigas e leigos de
todo o mundo sentem-se chamados a viver o Evangelho do jeito de Maria conforme
a tradição do Pe. Champagnat e dos primeiros irmãos.
As origens da Sociedade de
Maria nos recordam que religiosos e leigos estamos integrados para a missão e
chamados a oferecer o rosto mariano da Igreja com nossa maneira especial de ser
e de construir Igreja.
Nosso último Capítulo geral
nos convidou a uma nova relação entre irmãos e leigos para servir melhor a
apaixonante missão que a Igreja nos confia.
O mesmo Capítulo dizia:
Contemplamos nosso futuro marista como uma comunhão de pessoas no carisma de
Champagnat. Abertos à criatividade do Espírito Santo que nos pode levar, quem
sabe, por caminhos inesperados.
Ano La Valla
Agosto 2016 – Agosto 2017
A casa de La Valla será o
ícone que orientará nosso terceiro ano, de agosto de 2016 a agosto de 2017. A
celebração central, como é fácil imaginar, será em torno ao dia 2 de janeiro,
quando comemoraremos 200 anos de nossa fundação.
Esta casa, recém renovada,
consta de três andares. Cada um deles carrega um simbolismo que podemos
associar aos três anos de preparação ao bicentenário.
Encontramo-nos no andar
superior. Vem-nos à memória a comunidade apostólica reunida também no andar
superior no dia de Pentecostes. Trata-se, de fato, do espaço da missão: Ide e
fazei discípulos por todo o mundo... Um lugar amplo, luminoso, aberto ao mundo.
Recorda-nos o ano Montagne e a
chamada para nos dirigir às fronteiras e às margens.
No andar térreo encontra-se a
famosa mesa de nossas origens, que representa o símbolo da fraternidade. Em
torno dessa mesa sentaram-se o Pe. Champagnat e os primeiros irmãos. Hoje essa
mesa se vê enriquecida com a presença não apenas de irmãos, mas também de
leigas e leigos maristas chamados a construir uma Igreja de rosto mariano.
É o ícone do segundo ano, o
ano Fourvière: associados para a missão marista.
O terceiro ano, que será o da
preparação imediata ao XXII Capítulo geral, vai se concentrar mais nesta parte
da casa que, até bem pouco tempo atrás, permaneceu oculta aos visitantes.
É um pequeno espaço no
subsolo, descendo as escadas. Simboliza aquele nosso espaço interior habitado
pelo Mistério. É o espaço da interioridade, da dimensão mística de nossas
vidas.
Sabemos que o compromisso com
o crescimento espiritual era algo fundamental para o Pe. Champagnat: seu
profundo espírito de fé o fazia viver na presença de Deus com toda a
naturalidade, seja nos bosques de L’Hermitage ou nas ruidosas ruas de Paris.
Viver como ele implica
cultivar o silêncio, dar tempo suficiente à oração pessoal e comunitária,
colocar-se na escuta da Palavra do Senhor, como Maria da Anunciação.
Como ela, que guardava e
meditava todas as coisas em seu coração, dispomo-nos a ser contemplativos na
ação.
Queridos
Maristas de Champagnat
Temos pela frente três anos
para celebrar, em espírito de fé, nosso bicentenário: o ano Montagne, o ano Fourvière,
o ano La Valla.
Creio que este mural, que se
encontra na capela da comunidade de L’Hermitage, poderia resumir o espírito
desses três anos.
Em primeiro lugar, o ano
Montagne. Somos convidados a ser Jesus para os Montagne de hoje, a
acompanhá-los com ternura e delicadeza em seu caminho.
Em segundo lugar, o ano
Fourvière. Associados para a missão. Isto é, associados em torno da figura de
Jesus. De um lado, sem olhar para trás, nem sendo tampouco aqueles que se
separam de Jesus e vão por sua conta.
E em terceiro lugar, a
sugestão do ano La Valla. Esse convite para cultivar a dimensão mística de
nossas vidas: o encontro com Jesus, pão da vida, para que também nós possamos
contagiar a vida em plenitude ao nosso redor.
Esperamos que todos, cada um
assumindo sua responsabilidade, ajudemos a aurora a nascer, a aurora de um
Instituto marista renovado.
Só o compromisso de todos
tornará possível UM NOVO COMEÇO!
E podemos contar sempre com a
ajuda, a ternura e o cuidado de Maria, nossa Boa Mãe. Que Ela seja nossa
inspiração e nossa bênção.
Não procure
um novo caminho, procure antes um novo jeito de caminhar.
BICENTENÁRIO
– PRECE À MARIA
O evento e a
celebração do BICENTENÁRIO do INSTITUTO MARISTA nos convidam a OLHAR o PASSADO
com GRATIDÃO, a ABRIR-NOS ao FUTURO com ESPERANÇA e a VIVER o PRESENTE com
PAIXÃO, pois o Espírito Santo – Aquele que inspirou no passado a grande
história dos Pequenos Irmãos de Maria / Irmãos Maristas das Escolas, deseja
seguir escrevendo conosco UM NOVO COMEÇO do TERCEIRO SÉCULO da missão marista,
do jeito de Maria e de Marcelino!
MARISTAS de
CHAMPAGNAT
Convido-os a
rezar com frequência a Maria e com Ela, renovando nossa
confiança e
nosso compromisso em sua maternal proteção:
“Maria,
aurora dos novos tempos,
dou-te
graças porque sempre
fizeste tudo
entre nós, e assim
continua
sendo até o dia de hoje.
Ponho-me
confiadamente em
tuas mãos e
me abandono
à tua
ternura. Confio-te também
cada uma das
pessoas que, como
eu, se
sentem privilegiadas
em levar teu
nome.
Renovo neste
dia minha
consagração
a ti e também a
firme
vontade de contribuir
na
construção de uma Igreja,
reflexo de
teu rosto.
Tu, fonte de
nossa renovação,
acompanhas
minha fidelidade,
como
acompanhaste a dos que
nos
precederam. Neste caminho
para o
bicentenário marista,
sinto tua
presença junto a mim
e por isso
te agradeço.
Amém!”
Emili Turú,
fms
Bicentenário da Fundação do
Instituto Marista
No próximo dia 2 de janeiro de 2017 celebraremos DOIS SÉCULOS do nascimento do Instituto Marista. Nessa caminhada rumo a 2017, o mesmo Pe. Champagnat nos convida a UM NOVO COMEÇO. Pedagogicamente, vamos recorrer esse
caminho guiados por TRÊS ÍCONES MARISTAS que nos recordam aspectos essenciais de nossa vida e missão.
TRÊS DIMENSÕES MARCARÃO A VIDA MARISTA EM NOSSO FUTURO PRÓXIM!
I. Ano Montagne - Outubro 2014 – Julho 2015
Esse encontro com o jovem Montagne foi um acontecimento que marcou profundamente a vida do Pe. Champagnat e certamente fez nascer o Instituto Marista.
No dia 28 de outubro de 2014, aniversário do encontro do Pe. Champagnat com o jovem Montagne, daremos início ao ano MONTAGNE. Coincidirá com a celebração do ano da vida consagrada em toda a Igreja.
Esse primeiro ícone nos acompanhará até julho de 2015. Será uma recordação da importância e da urgência de nossa missão, tão atual hoje como nos tempos do Pe. Champagnat.
Inspirados por nosso Fundador, que se dirigiu de La Valla até esse lugar caminhando durante várias horas, também nós nos sentimos chamados a caminhar em direção aos jovens Montagne de hoje, ali onde se encontram.
Em nossos ouvidos ressoa o insistente apelo do Papa Francisco para deixar a própria comodidade e atrever-se a chegar a todas as periferias
que necessitam da luz do Evangelho.
Em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (EG 49) ele nos diz: Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um horizonte de sentido e de vida.
Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Mc 6, 37).
O que ardia no coração de Champagnat no caminho de volta a La Valla depois de ter encontrado o jovem Montagne? O que vibrava em seu interior e o levou a fundar o Instituto poucos meses depois? Perguntemo-nos: Não seria o mesmo caminho que agora estamos chamados a refazer, deixando-nos interpelar profundamente pela situação dos jovens Montagne de hoje? 2
II. Ano Fourvière - Julho 2015 – Julho 2016
No dia 23 de julho de 1816, dia seguinte ao da ordenação, um grupo de jovens sacerdotes, cheios de sonho, dirigiram-se ao Santuário de Fourvière, em Lyon.
Aos pés de Nossa Senhora, na pequena capela que se vê ao fundo, fazem sua promessa de fundar a Sociedade de Maria.
Em 2016 celebraremos os 200 anos dessa promessa. Por isso, o período de julho de 2015 a julho 2016 será presidido pelo ícone de Fourvière.
Desde o início, os primeiros maristas imaginaram a Sociedade de Maria como uma grande árvore com diferentes ramos: religiosos sacerdotes, religiosos irmãos, religiosas e leigos.
O projeto não obteve o reconhecimento eclesial naquela época. Talvez a conjuntura histórica não fosse adequada.
Atualmente, as circunstâncias são bem diferentes. Reconhecemos com gratidão que o Espírito Santo fez florescer entre nós a vocação laical marista. Milhares de leigas e leigos de todo o mundo sentem-se chamados
a viver o Evangelho do jeito de Maria conforme a tradição do Pe. Champagnat e dos primeiros irmãos. As origens da Sociedade de Maria nos recordam que religiosos e leigos estamos integrados para a missão e chamados a oferecer o rosto mariano da Igreja com nossa maneira especial de ser e de construir Igreja.
Nosso último Capítulo geral nos convidou a uma nova relação entre irmãos e leigos para servir melhor a apaixonante missão que a Igreja nos confia. O mesmo Capítulo dizia: Contemplamos nosso futuro marista como uma comunhão de pessoas no carisma de Champagnat. Abertos à criatividade do Espírito Santo que nos pode levar, quem sabe, por caminhos inesperados.
III. Ano La Valla - Agosto 2016 – Agosto 2017
A casa de La Valla será o ícone que orientará nosso terceiro ano, de agosto de 2016 a agosto de 2017. A celebração central, como é fácil imaginar, será em torno ao dia 2 de janeiro, quando comemoraremos 200 anos de nossa fundação.
Esta casa, recém renovada, consta de três andares. Cada um deles carrega um simbolismo que podemos associar aos três anos de preparação ao bicentenário.
Encontramo-nos no andar superior. Vem-nos à memória a comunidade apostólica reunida também no andar superior no dia de Pentecostes. Trata-se, de fato, do espaço da missão: Ide e fazei discípulos por todo o mundo... Um lugar amplo, luminoso, aberto ao mundo.
Recorda-nos o ano Montagne e a chamada para nos dirigir às
fronteiras e às margens. No andar térreo encontra-se a famosa mesa de nossas origens, que representa o símbolo da fraternidade. Em torno dessa mesa sentaram-se o Pe. Champagnat e os primeiros irmãos. Hoje essa mesa se vê enriquecida com a presença não apenas de irmãos, mas também de leigas e leigos maristas chamados a construir uma Igreja de rosto mariano.
É o ícone do segundo ano, o ano Fourvière: associados para a missão marista. O terceiro ano, que será o da preparação imediata ao XXII Capítulo geral, vai se concentrar mais nesta parte da casa que, até bem pouco tempo atrás, permaneceu oculta aos visitantes.
É um pequeno espaço no subsolo, descendo as escadas. Simboliza aquele nosso espaço interior habitado pelo Mistério. É o espaço da interioridade, da dimensão mística de nossas vidas.
Sabemos que o compromisso com o crescimento espiritual era algo fundamental para o Pe. Champagnat: seu profundo espírito de fé o fazia viver na presença de Deus com toda a naturalidade, seja nos bosques de L’Hermitage ou nas ruidosas ruas de Paris.
Viver como ele implica cultivar o silêncio, dar tempo suficiente à oração pessoal e comunitária, colocar-se na escuta da Palavra do Senhor, como Maria da Anunciação. Como ela, que guardava e meditava todas as coisas em seu coração, dispomo-nos a ser contemplativos na ação
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